Comunicação inclusiva vai muito além do diálogo com os grupos que foram minorizados
A comunicação inclusiva é muito abrangente porque envolve um diálogo que faz com que todas as pessoas sejam bem-vindas e sintam-se acolhidas sem o uso de estereótipos e linguagem preconceituosa e violenta. Diante disso, é fácil entendermos que vai além do diálogo empático com grupos de pessoas que foram minorizadas. A comunicação pensando na inclusão envolve absolutamente todas as pessoas.
É preciso pensar em como se comunicar, não cabe mais não dominar a comunicação e usá-la sem refletir sobre quais palavras se encaixam para não cair na cilada de ser agressivo (a) com a outra pessoa ou mesmo fazê-la se sentir desconfortável em uma conversa corporativa e cotidiana, que pode e deve assertiva, entretanto leve, sem termos que possam dar conotações desnecessárias à alguma observação pontual.
Para ilustrar a preocupação com ser empático (a), não ser violento (a) na comunicação corporativa, buscando conversas mais inclusivas, trago um exemplo que me chamou atenção na última semana.
Ao comunicar à agência que entendia que um conteúdo necessitava de mais informações para se aprofundar no assunto abordado, a pessoa cliente usou a palavra “empobrecido” e enviou e-mail fazendo algumas observações e afirmando que considerava o texto submetido à aprovação empobrecido.
Reflexão para uma comunicação mais inclusiva na prática
Dentro do que entendemos como prática em comunicação inclusiva o termo “empobrecido” carrega um estereótipo que é desnecessário nesse diálogo e poderia ter sido substituído por “acreditamos que o conteúdo poderia ser mais aprofundado” ou mesmo “esperávamos um conteúdo mais enriquecedor para o leitor”. Assim haveria assertividade sem um termo que pode ter uma interpretação ruim.
Conseguem se colocar no lugar da pessoa autora do conteúdo e entender a importância da troca de palavras ao receber o feedback?
O exercício é pensarmos em como a outra pessoa se sentirá ao receber a nossa mensagem, a reflexão nos fará pensar melhor, elaborar a mensagem de forma mais empática e criar uma comunicação mais inclusiva para todas as pessoas.
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